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Minhas experiências

  • Luiz Afonso
  • 12 de nov. de 2015
  • 8 min de leitura

Na sexta-feira, dia 25 de setembro, finalmente peguei a carteira de motorista com adição de categoria, onde nesse mesmo dia peguei estrada rumo a São Pedro da Aldeia saindo as 16hs. Fui pela alameda / serrinha, em uma noite linda. Passei muitos momentos do percurso na parte noturna , onde debutei tanto na pilotagem noturna quanto nas curvas da serrinha com muita atenção na estrada e não passei dos 80km/ h. Cheguei com segurança as 18:30 no meu destino. Abasteci a moto no meio do caminho, mas reparei que o ponteiro do combustível havia caido muito pouco em relação aos quilometros percorridos. No trecho urbano a moto estava amaciando e com uma média de 22km/l. Na estrada chegou próximo dos 900km totais rodados, bem perto dos 1000km para amaciar o motor. No retorno ao entrar na Via Lagos, deixei a máquina aquecer um pouco em 80km/h e em seguida fui acelerando até o máximo, onde em linha reta e plano a mesma atingiu 120km/h indicados. Notei que em relação ao indicado nos radares de velocidade tava dando uma diferença de 10 a 12 km/h. Ao abastecer anotei a quilometragem indicada que era de 355km parcial e ao chegar no posto no RJ o odometro marcava 465km. Entrou 3,39l de gasolina, onde constatei que o consumo na estrada ficou em torno de 32km/l.

No domingo fiz um passeio a tarde até a praia (barra, Recreio/Grumari), retornando para casa, percorrendo 80km com garupa.

Percebi o que pode ser levado e como guardar ao abandonar a moto, no caso para dar um mergulho, mas poderia ser para almoçar ou outra atividade qualquer. Percebi que as botas atuais podem ser acomodadas dentro do capacete (com saco plástico e claro) para economizar espaço no bagageiro.

Minha mochila coube nossas roupas, os dois casacos e 2 pares de botas.

Domingo seguinte fui ao shopping com garupa, onde consegui acondicionar as jaquetas dentro dos capacetes que ficaram nos bagageiros da moto, com isso diminuiu bastante o volume e peso que teria que carregar dentro da bolsa.

Não levei roupas apropriadas para chuva mesmo ao sair com o tempo bem nublado e úmido. Como consequência chovia na hora que estávamos partindo do shopping. O estacionamento de motos no shopping não é coberto e como só havia um casaco impermeável, passei o mesmo para a garupa e molhei meu casaco e calças no percurso de volta. Foi a primeira impressão de pilotagem de motos sob chuva. Pilotei com bastante cautela e chegamos em casa com certa tranquilidade, porém minhas luvas e jaqueta encharcados. Notei que minha bota não molhou, mas a bota da garupa encharcou. Tinha receio que a viseira ficasse muito encharcada, dificultando a visão, porém percebi que dá para enxergar bem, é claro, com um pouco mais de dificuldade que o normal. A chuva estava fraca, ainda não aconteceu a pilotagem sob condições mais intensas de chuva. A sensação de pegar uma chuvinha de moto foi agradével, pois desde minha infancia eu não pegava chuvas tão diretamente. A experiência foi muito válida durante a chuva no percurso para minha casa.

Na segunda-feira fui trabalhar com uma pequena garoa e pista molhada e para minha surpresa em um cruzamento com o sinal aberto para mim um carro cruzou 90 graus a minha frente parecendo não perceber a minha presença me fazendo aplicar os freios no limite de aderência dos pneus, onde por extinto apliquei mais o freio combinado traseiro e com mais moderação o freio dianteiro, resultando numa frenagem no limite da eficiência, pois senti a roda traseira deslizando um pouco, porém mantive a calma e aliviei um pouco os freios restabelecendo o atrito. O que me garantiu a segurança foi a velocidade que eu estava no momento do cruzamento, pois além de pilotar com muita cautela, em condições de chuva fui mais devagar, garantindo o sucesso na frenagem de emergência. Foi um novo aprendizado, perceber que a moto teve uma boa efeciência na frenagem e porque meu conhecimento teórico foi aplicado no momento certo. Percebi que a frenagem foi na reta pensando em garantir uma maior aderência, porém para maior segurança percebi que poderia ter implementado um pequeno desvio durante a frenagem, garantindo assim máxima eficiência ao livrar o veículo a frente, pois ele se deslocava da minha esquerda para a direita um pouco lento, porém possibilitando desviar por trás do mesmo sem ter que inclinar a moto na frenagem, imprimindo apenas um pouco de desvio, livrando a colisão.

Sábado seguinte, dia 10 de outubro resolvi ir com a moto ao salão duas rodas, em São Paulo, Anhembi. Para mim foi um grande desafio, pois tenho total consciência que estou com pouca experiência para encarar uma viagem mais longa, porém resolvi vencer os medos e insegurança estudando o percurso, inclusive vendo relatos de outras pessoas que fizeram o caminho Rio-São Paulo com uma moto de 125cc. Percebi que a média seria de 6 horas totais e que por minha experiência em viagens de automóvel eu sabia que há vários postos de gasolina em todo o percurso. Percebi que o limite de quilometragem para completar o tanque com segurança seria 150km rodados. Surgiu uma dúvida de principiante quanto ao procedimento nos pedágios na Dutra, pois no RJ, na linha amarela, há prioridade para motos. Pesquisei e não encontrei nada a respeito sobre prioridade de motos em pedágios. Resolvi deixar o dinheiro do pedágio no “esquema” então deixei 20,00 no bolso da jaqueta para os pedágios e o procedimento era tirar a luva direita, pendurar a mesma no fio do airbag da jaqueta e ao parar no pedágio estava com a mão livre para pegar o dinheiro, receber o troco e guardar em seguida no bolso da jaqueta, andava uns metros até sair da cabine, parava a moto entre as cabines para colocar as luvas e fechar o bolso da jaqueta para seguir viagem. Esse procedimento deu muito certo. A cada abastecimento eu conferia o dinheiro disponível para dois pedágios a frente. Quanto a prioridade na passagem dos pedágios, observei que era questão de EDUCAÇÃO NO TRANSITO, pois observei alguns pequenos grupos de motoqueiros simplesmente furando a fila na maior cara de pau, inclusive passando a minha frente que também estava de moto, demonstrando que esses “amigos estradeiros” não tem educação e trazem isso para as estradas o que não significa que todos são assim, pois também pude observar que outros companheiros motociclistas entravam nas filas de pedágio assim como eu, com toda educação e cordialidade possível.

Senti durante o percurso dores nas nádegas e nas mãos e passei a observar mais o que eu estava errando para não sentir essas dores e quanto as nádegas, fui mudando a posição das pernas e pés na scooter e isso melhorou muito as dores e quanto as mãos senti a necessidade de prestar atenção em movimentá-las e os dedos também durante o percurso. Sofri muito com as mãos, pois reparava que algumas vezes estava com as mãos tensas nas manetes, mas ciente que deveria mantê-las relaxadas na medida do possível. Antes da viagem comprei em uma loja de produtos esportivos um aparelho para exercitar as mãos, dedos e punhos o que melhorou a performance dos meus musculos no entorno das mãos, porém vejo que necessito exercitar mais os músculos das mãos e me policiar quanto a atitude correta nos punhos/braços na moto.

Eu não tenho GPS específico para motos e adaptei o GPS (de carro) e seu suporte no painel da scooter, porém a trepidação fez com que o GPS caísse por duas vezes, por sorte caiu entre meus pés na própria scooter. Desisti do GPS nessa viagem e ao entrar em São Paulo, cidade desconhecida para mim, tive que parar em postos de gasolina para obter informações sobre o endereço de destino.

A moto se comportou muito bem na ida e na volta e fui na velocidade da Dutra entre 110 e 120 km/h, o que é a velocidade máxima da scooter Cityclass 200i e velocidade regular da via.

A serra das Araras era uma preocupação tanto na ida quanto na volta devido as curvas acentuadas e quantidade de carros e caminhões, porém já na ida nos primeiros quilometros da subida fui pegando mais confiança no que aprendi a respeito de curvas, aceleração e freios e, claro, utilização eficiente do contra-esterço durante toda a viagem. Falando em contra-esterço, consegui aprimorar bastante a técnica nesta viagem a São Paulo, tanto em curvas quanto no desvio de obstáculos indesejáveis em todo o percurso. Com certeza foi um grande desafio e aprendizado fazer essa viagem de moto.

Fui e voltei sozinho a São Paulo sem passar qualquer situação de perigo, pilotando com o máximo de prudência e educação nas estradas e acho que o caminho da pilotagem segura é por ai.

Equipamentos de proteção e facilidades que utilizei na viagem: Jaqueta airbag impermeável, botas, caneleira/joelheira, capacete, luvas, calça Jeans, kit de reparo de pneus com bomba pneumática manual, calça impermeável (no bagageiro), garrafa de água, suco de laranja, achocolatados em caixinhas e algo para comer (pão de forma com ovo e salgado tipo croissant). Coloquei a comida e os acessórios no bagagito e a mochila com roupas embaixo do banco da scooter. Ficou tudo perfeito!

Fiz uma viagem de Cityclass a São Pedro da Aldeia solo indo dia 24 de outubro e retornando dia 25 visando ver meus Pais e adquirir mais experiência na estrada. Na volta com a via lagos praticamente vazia uma pessoa dirigindo um Corolla foi mudando de faixa vagarosamente em minha direção (eu estava ultrapassando o mesmo quase no limite de velocidade, a 115km/h) eu fiquei numa situação em que não poderia mais acelerar, me restando duas alternativas, uma era freiar e deixar o carro passar e outra era buzinar para o motorista me enxergar e o que aconteceu foi uma “bizinadinha” e logo o motorista me enxergou e saiu de perto, retornando a faixa em que estava. Não chegou a configurar um susto, pois ainda havia bastante espaço entre a mureta e o carro.

Fiz uma viagem a Penedo no dia 31 de outubro com a minha esposa na garupa. Fomos tomar um banho de cachoeira, almoçar e voltar para casa (ida e volta no mesmo dia). A viagem foi muito agradável tanto na ida como na volta. A Cityclass subiu a serra entre 80 e 90 km/h o que me espantou o desempenho. Em Penedo fizemos um trecho “off road” com subidas e descidas bastante ingremes e com muita cautela devido a falta de experiência, porém não tivemos nenhum problema. Realizamos exatamente o que havíamos planejado. Antes de sair de Penedo reparei que um dos parafusos que segura o filtro de ar da Cityclass havia caído novamente, mas apesar de causar barulho retornamos para casa ao final do dia sem problemas. Na terça-feira levei a moto na concessionária onde o mecânico já estava me esperando para fixar novo parafuso, dessa vez com uma arruela de pressão para não cair o parafuso novamente. Destaco o pronto atendimento da concessionária KTM/DAFRA da Barra da tijuca. Sexta-feira, dia 6 de novembro, fui a São Pedro da Aldeia e novamente o consumo ficou em torno de 31km/l. No retorno, ainda na Via Lagos choveu bastante e tive a oportunidade de testar a Jaqueta air bag impermeável e a calça impermeável e a experiência de pilotar na estrada sob chuva forte. O material testado cumpriu a expectativa plenamente. O interessante é que a minha bota não é impermeável e a carenagem da moto não permitiu que a chuva molhasse meus pés. Um aprendizado que sempre usava em aviões é ao chegar perto observar os obstáculos ao redor e estado geral do veículo (em aviação chamamos de inspeção externa). Isso me fez reparar a falta do parafuso mencionado no texto apesar da scooter ser nova.

 
 
 

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